terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Chanukah - A festa das luzes...



No vigésimo quinto dia de Kislev, 168 a.C. o Rei Antiochus da Síria, conquistador da Palestina, mandou colocar uma estátua de Júpiter no Templo de Jerusalém. Isso fez parte de seus esforços para impor à população judaica os costumes pagãos gregos; o rei sírio queria extirpar o modo de vida judaico e implantar no lugar dele o paganismo do modo de vida helenístico.
A violação da santidade do Templo foi somente um primeiro passo na sua campanha contra a religião judaica; ocorreram muitos outros. A observação do Shabat e das festas judaicas era proibida, sob pena de morte. Os judeus foram obrigados a oferecer sacrifícios nos altares gregos e comemorar seus festivais. Os rolos da Torá eram destruídos e seus detentores assassinados.
Mas Antiochus, na sua determinação em destruir o judaísmo, não contava com a existência de um pequeno grupo de homens valentes. Matatias, o Hasmoneu – um velho sacerdote da vila de Modi’in – e seus cinco filhos, seguidos por outros fiéis, fugiram para as montanhas onde deram início a uma rebelião. Quando Matatias morreu, seu filho Yehudá tornou-se líder dos revoltosos, que receberam o nome de “Macabeus”, das letras iniciais de seu grito de guerra: Mi kamocha B’elim Adonai – “Quem entre os poderosos é como Tu, ó D-us?” (Êx 15:11). Outra interpretação é que o nome “Macabeu” foi derivado da palavra hebraica makevet, que significa “martelo”, devido à grande força física de Yehudá.
Apesar das condições inferiores dos Macabeus frente ao inimigo poderoso, eles conseguiram expulsar o exército sírio da Terra Santa.
“Quando os gregos entraram no Templo, profanaram todas as reservas de óleo dali; e os hasmoneus – após a vitória sobre os gregos – encontraram um único cântaro pequeno de óleo puro inviolado, ainda com o selo do Sumo Sacerdote. Normalmente, esta quantidade de óleo seria suficiente para manter a menorá acesa por apenas um dia; mas um milagre aconteceu, e o óleo durou oito dias.
No dia 25 de Kislev do ano 165 a.C., exatamente três anos após a profanação do Templo por Antiochus, a menorá voltou a brilhar.
A menorá especial usada para comemorar o milagre de Chanucá é chamada de "chanukia". Ela possui oito braços, todos do mesmo nível, correspondendo aos oito dias do feriado, além de um braço elevado adicional para o shamash, a vela auxiliar com a qual acendemos as outras. É costume se colocar a chanukiá no peitoril da janela para que as pessoas de fora possam vê-la, divulgando assim o milagre do óleo. As velas são acesas após o pôr-do-sol, com exceção de Sexta-feira à noite, quando elas são acesas antes das velas do Shabat.
Acende-se o shamash e o seguramos, enquanto cantamos a seguinte bênção:
Baruch ata Adonai Eloheinu melech ha ‘olam asher kid’shanu b’mitzvotav v’tsivanu l’hadlik ner shel Chanucá.
Bendito sejas Tu, ó Eterno, nosso D-us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenastes acender a vela de Chanucá.

Porque o Sevivon faz parte da festa de Chanuká?

O Sevivon é um pião de quatro faces, em cada uma das quais se acha inscrita uma letra hebraica; nun, gimel, hei e shin. Estas letras formam as iniciais da frase Nes Gadol Hayá Sham, que significa “Um grande milagre aconteceu lá”. (Em Israel, a letra shin é substituída pela letra pei, inicial da palavra pó, “aqui” – formando-se assim a frase Nes Gadol Hayá Pó, “Um grande milagre aconteceu aqui”).
Os Rabinos observaram um fato interessante com relação às quatro letras hebraicas usadas na diáspora: o valor numérico destas letras dá um total de 358 (num = 50, gimel = 3, hei = 5 e shin = 300), que é o mesmo valor total das letras da palavra Mashiach “Messias” (mem = 40, shin = 300, yod = 10 e chet = 8).
De acordo com a tradição, o uso do pião em Chanucá remonta à época anterior à revolta macabéia. Os sírios, no esforço de eliminar o judaísmo, proibiram reuniões de estudo da Torá; os infratores seriam punidos com a pena de morte. Para poderem continuar os estudos da Tora, os judeus resolveram fingir que essas reuniões eram de mero lazer. Assim sendo, cada vez que um fiscal sírio se aproximava, eles se punham a girar o pião.

O sentido espiritual

A luz da chanukiá faz com que reflitamos sobre o significado contemporâneo de chanucá. A essência desta festa está na nossa dedicação a causa do Senhor e na rededicação da nossa vida diante do altar do Senhor, santa, sem mácula e pura.
Devemos aprender com os nossos irmãos Macabeus a não nos calarmos ainda que tenhamos que pagar com a nossa própria vida. Não devemos aceitar passivamente que o templo do Senhor (físico e espiritual) seja profanado. Temos que nos levantar e lutar com as nossas armas espirituais que são poderosas em Ieshua o Messias. Não podemos mais conviver com o mundo entrando na igreja e nas nossas vidas. Não existe ninguém capaz de impedir o agir do Espírito o Santo, quando lutamos pela causa do Senhor. Mas essa luta tem que estar de acordo com a afirmação do Profeta Zacarias: “Não pelo poder, nem pela força, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor Todo Poderoso” (Zc 4:6).
Temos que tomar uma posição diante do D-us Todo-Poderoso, de entrarmos no templo, arrancarmos todo o lixo que foi jogado lá dentro e reconsagrarmos a D-us novamente.
Que possamos estar revoltosos, como os Macabeus ficaram ao verem o templo de D-us ser profanados com outros deuses.
Nós temos o provedor do óleo. O ÓLEO NÃO ACABOU! Ele está disponível para que possamos manter acessa a lâmpada do Senhor continuamente. O dono do óleo é que ficará encarregado de fazer os milagres, nós somos somente os vasos que armazenam o óleo.
Não devemos nos esconder nem assimilarmos o padrão do mundo, mas devemos transforma-lo com a renovação da nossa mente, não usando armas carnais, mas sim armas espirituais, que são poderosas para estabelecer a vontade de D-us para neste tempo do fim.
O nosso convite para você nesta festa de chanuká, é que você reflita sobre a tua própria vida. Um grande milagre ocorreu no templo, pois um óleo que duraria somente um dia, rendeu oito dias. A chama do Espírito Santo ainda continua acesa no seu coração, ela não se apagou, ainda que ela não esteja brilhando como devia. D-us pode neste tempo fazer milagre em tua vida. Se você precisa de mais óleo, o único que pode lhe conceder é o Espírito de D-us e se você clamar com certeza Ele te ouvirá.
Nós somos o templo onde habita o Espirito de D-us, por isso cabe a nós sermos os atalaiais do Senhor nesse tempo do fim. A tarefa de estabelecer o reino de D-us na terra foi dada a nós, filhos do Senhor. Que possamos lutar a favor do Senhor, pois Ele pelejará por nós e termos o nosso grito de guerra:
MI KAMOCHA B’ELIM ADONAI – “QUEM ENTRE OS PODEROSOS É COMO TU, Ó D-US?” (Êx 15:11)

 A festa de Chanucá é celebrada durante oito dias, do dia 25 de Kislev ao 2 de Tevet (ou o 3 de Tevet, quando Kislev só tem 29 dias). Durante esta festa se acende uma Chanukiá, ou candelabro de 9 braços (incluindo o central e maior, denominado Shamash, ou servente). Na primeira noite acende-se apenas o braço maior e uma vela, e a cada noite se vai acrescentando uma vela, até que no oitavo dia o candelabro está completamente aceso. Este ritual comemora o milagre do azeite que queimou por oito dias no candelabro do Templo de Jerusalém .

 Antes do século XX, o Chanucá era um feriado relativamente menor. Contudo, com o crescimento do Natal como o maior feriado no Ocidente e o estabelecimento do estado moderno de Israel, o Chanucá começou a servir crescentemente tanto como celebração da restauração da soberania judaica em Israel e, mais importante, como um feriado para se dar presentes voltado para a família em Dezembro que poderia ser um substituo judaico para o feriado cristão. É importante notar que a substituição pelo Natal não é universalmente aceito, e muitos judeus não tomam parte nesta significação extra naquilo que eles consideram um feriado menor. Crianças judias, primariamente entre os Ashkenazim, também jogam um jogo onde eles giram um pião de quatro faces com letras hebraicas chamado de dreidel (סביבון sevivon em hebraico) .

Datas em que cai no calendário Gregoriano

O Chanucá começa na noite da véspera dessas datas.
 Fontes:http://www.shemaysrael.com, Wikipédia

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Talmud - A toráh oral

Para entender o que são a Mishná e o Talmud, você precisa primeiro entender o que é a Torá. Para começar, a Torá é bastante vaga, por exemplo, a Torá diz "não trabalhar" no Shabat. Mas o que é "trabalhar?" Para responder a esta e outras perguntas, D'us explicou toda a Torá oralmente a Moshê. Moshê então explicou a Torá inteira oralmente ao povo. Esta explicação, portanto, é denominada Torá Oral.

No Monte Sinai, foram entregues duas Torot: a Torá Escrita (o Pentateuco) e a Torá Oral. A Torá Oral inclui desde leis e ramificações das leis da Torá Escrita, até estudos sobre a parte oculta da Torá e comentários e explicações sobre as mitsvot. Tanto as leis que foram entregues a Moshê no Sinai, quanto as conclusões e explicações alcançadas em cada geração são consideradas parte da Torá Oral.

No início, a Torá Oral era de fato oral, ou seja, era passada de boca em boca, e assim transmitida de geração em geração. No entanto, aproximadamente no final da época do Segundo Templo, os Sábios temeram que a Torá Oral fosse esquecida. O Império Romano ganhava força, e com isso o povo de Israel estava sendo espalhado pelo mundo, sofrendo várias tragédias. Caso não arrumassem aquilo que se estudava em cada Beit Midrash (casa de estudo) na forma escrita, o contato entre eles seria perdido. Então, os Sábios decidiram escrever tudo aquilo que era estudado, e as diferentes opiniões de cada Beit Midrash. Mil e quinhentos anos após a outorgada da Torá no Monte Sinai, escreveram a Mishná.

Após um certo tempo, no entanto, perceberam que a Mishná havia sido escrita de uma forma bastante resumida, e as pessoas acabariam esquecendo todas as explicações e motivos que havia por trás da Mishná. Foi então que resolveram compilar o Talmud, explicando as opiniões dos Sábios sobre a Mishná.

Existem dois Talmudim: o Talmud de Jerusalém (Yerushalmi) e o Talmud da Babilônia (Bavli), escritos pelos Sábios judeus das respectivas cidades. O Talmud da Babilônia é mais claro, e portanto é o mais estudado. Ele é organizado em sessenta tratados. Hoje em dia, no entanto, possuímos apenas trinta e sete tratados.

Os 63 volumes da Mishná são divididos em seis seções, cada uma sobre uma área diferente da antiga vida judaica: Agricultura, Dias Festivos, Lei Civil, Relações Familiares, Sacrifícios no Templo Sagrado e Pureza Ritual. Quarenta deles acompanham o comentário talmúdico, consistindo de enormes livros abarrotados de escrita em aramaico, um idioma semítico extinto que usa o alfabeto hebraico. O Talmud segue a estrutura de seis seções da Mishná.

Como posso estudar o Talmud?

1 - Evite estudar sozinho

Embora o estudo do Talmud tenha entrado na moda, próximo ao estudo da Cabalá, jamais deve ser estudado sozinho - você apenas ficará confuso. Mesmo com o crescente número de volumes bem traduzidos e elucidados à disposição atualmente, o estilo do Talmud é tal que não se pode superá-lo, não importa o quanto tente.

2 - Estude com um parceiro ou com um grupo

OK, então você decidiu estudar o Talmud por si mesmo, usando sua versão novinha em folha. Está na terceira página, e empaca - alguma coisa não faz sentido. Os comentários ajudam, mas não completamente - o que fazer? Antecipando este problema, os rabinos instituíram aquilo que pode-se chamar de "sistema de coleguismo" conhecido como chavrutá, em hebraico - sempre estudar Torá, e especialmente o intricado e desafiador Talmud - com um parceiro.

3 - Lembre-se do que está fazendo

O Talmud não é apenas uma exposição massuda da lei e doutrina judaicas - é parte da Torá. Em outras palavras, não é apenas outro livro - é um livro judaico. Ao estudar Talmud, lembre-se que está estudando Torá, e que a Torá deve ser abordada com respeito e humildade.

 
     
   

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Calendário do Hosh Hashaná

Ano hebraico Início (desde o pôr do Sol do dia anterior até o anoitecer do dia posterior - aproximadamente 49 horas)
5763 6 de setembro de 2002
5764 26 de setembro de 2003
5765 15 de setembro de 2004
5766 3 de setembro de 2005
5767 22 de setembro de 2006
5768 12 de setembro de 2007
5769 29 de setembro de 2008
5770 19 de setembro de 2009
5771 9 de setembro de 2010
5772 29 de setembro de 2011
5773 17 de setembro de 2012
5774 5 de setembro de 2013
5775 25 de setembro de 2014
5776 14 de setembro de 2015
5777 3 de outubro de 2016
5778 21 de setembro de 2017
5779 10 de setembro de 2018
5780 30 de setembro de 2019
5781 19 de setembro de 2020
5782 7 de setembro de 2021  

Rosh Hashaná



Este nome é atribuído pela tradição rabínica ao dia da concepção do mundo. Portanto neste dia começa o novo ano judaico.[1].
A primeira citação escrita deste nome está na Mishná no tratado de Rosh Hashaná[2]. Lá cita-se que existem quatro começos de ano diferentes. O primeiro dia do mês de nissan marca o começo da contagem dos anos de reinado dos reis de Israel na Bíblia e o começo do ciclo das festividades judaicas de acordo com a Torá. O primeiro dia do mês de elul corresponde ao início do ano para assuntos ligados ao dízimo animal (quando era necessário dar aos sacerdotes 1/10 dos animais nascidos neste ano até aquela data). O primeiro dia do mês de Tishrei é o começo do ano para a contagem dos anos a partir da criação do mundo (de acordo com a tradição judaica), do ciclo de sete anos e do ciclo de 50 anos - segundo leis específicas da Torá. E o último dos começos de ano é o dia 15 do mês de shevat - o ano novo das árvores, quando se conta a idade das árvores e que se refere a leis da Torá sobre a proibição do consumo dos frutos de uma árvore até completados quantro anos desde a sua plantação na terra de Israel.

Yom Teruá (dia do toque do shofar)

Segundo a Torá, é o dia do toque das trombetas - ou do shofar. Geralmente o shofar é feito de chifre de carneiro, mas pode ser usado o chifre de qualquer animal kosher, exceto a vaca. [3] A primeira citação deste nome está na Torá no livro de Bamidbar [4]. O toque do shofar é um preceito da Torá de alta importância neste dia e é interpretado pelos sábios do Talmud como um sinal sonoro para incentivar o sentimento de arrependimento por atos errados que os membros da congregação possam ter cometido.

Yom Hadin (dia do juízo)

De acordo com a tradição judaica Rosh Hashaná é o dia em que D'us julga todas as almas em relação ao próximo ano. O ano novo judaico é tomado como um dia de introspecção e reflexão sobre os atos passados no ano anterior, e de pedidos e rezas para o ano vindouro, ou seja, um dia de julgamento pessoal que cada um deve fazer de si mesmo.

Yom Hazikaron (dia da memória)

De acordo com a tradição judaica, neste dia são envocadas as recordações de nossos atos perante D'us para que Ele faça o nosso julgamento. E por isso uma parte da reza de mussaf de Rosh Hashaná (chamado zichronot: "lembrança") é dedicada à recordação de fatos bíblicos que têm como objetivo evocar a piedade divina durante o julgamento.
Este dia também é chamado na Torá de Yom Teruah (dia do som das trombetas) ou Zichron Teruá (dia da lembrança no nome de D'us)[5]

Tradições e costumes


Rosh Hashaná entre judeus ortodoxos na Holanda
A comemoração é efetuada durante os dois primeiros dias de tishrei, conforme o costume pós-exílico, para se garantir a comemoração no dia correto nas comunidades da Diáspora. Começa no pôr do sol do dia anterior e segue até o anoitecer do dia posterior.

Rezas

Selichot (desculpas)

Há o costume de recitar poemas e orações ligadas ao pedido de perdão antes do amanhecer durante o mês de elul, segundo os judeus sefaradim ou, segundo os judeus asquenazim, a partir da semana que antecede Rosh Hashaná. Ademais, nos dez dias a partir de Rosh Hashaná (os chamados Yamim Noraim), as orações (selichot) e poemas religiosos (piyuttim) são intensificados juntamente com as orações normais.

Hatarat Nedarim (anulação das promessas)

É um costume muito forte, na véspera de Rosh Hashaná, de fazer-se uma confissão de promessas não cumpridas (normalmente usando-se um texto genérico que engloba varios tipos de promessas que podem ter sido feitas e não cumpridas durante o ano passado), diante de três pessoas para que elas anulem em nome da comunidade estas promessas e permitam às pessoas entrarem no novo ano sem uma dívida perante D'us ou as pessoas. Quem não fez esta cerimônia na véspera de Rosh Hashaná, poderá fazer durante os 10 dias até Yom Kipur, ou mesmo depois durante o ano.

Kitel

Kitel é uma roupa feita de um tecido branco simples, sem bolsos, que, em algumas congregações, costuma-se vestir durante as rezas na sinagoga ou em outras congregações. Somente o Chazan (que conduz a reza) a veste.

Shofar


O Shofar, cujo toque marca a prece de mussaf.
O shofar é um chifre de animal (geralmente carneiro) trabalhado de forma que seja possivel emitir som ao soprá-lo.
Escutar o toque do shofar é o mandamento mais especial deste dia. Na manhã dos dois dias de Rosh Hashaná, durante a reza de mussaf, um representante da congregação executa 100 toques, que devem ser ouvidos por todos os judeus nas sinagogas ou fora delas. Esses toques são classificados em três tipos, sendo alternados em grupos diferentes e divididos em quatro diferentes partes da reza de mussaf.
Os três tipos de toques são:
  • Tekiá - é um toque uníssono prolongado de aproximadamente cinco segundos.
  • Shevarim - são três toques consecutivos de aproximadamente um segundo cada, com intervalos muito curtos, sendo todos os três toques feitos numa mesma respiração.
  • Teruá - é uma sequência de toques muito curtos (entre nove e 15 toques) executados dentro de uma só respiração.
As sequências sempre começam com tekiá, têm no meio o shevarim ou o teruá ou a sequência de shevarim-teruá, terminando com outra tekiá. Essas sequências são agrupadas de três em três, e tocadas antes da reza de mussaf, durante a reza pessoal em silêncio, na repetição feita pelo chazan (que conduz a reza) em voz alta e cantada, e também no término da reza de mussaf. Dentro da reza pessoal em silêncio e na repetição do chazan, o toque do shofar é efetuado na conclusão de cada uma das três partes da reza. Ao final de cada um dos quatro grupos de toque, costuma-se prolongar além do comum a última tekiá, chamada tekiá guedolá.

A reza de mussaf

A palavra mussaf quer dizer "acréscimo" e se refere ao sacrifício adicional que era feito no Templo de Jerusalém na época bíblica, em dias especiais.
A reza de mussaf é acrescentada ao grupo de três rezas judaicas diárias (shacharit pela manhã; minchá à tarde; arvit à noite). Ela é feita somente em dias especiais do calendário judaico: aos sábados; no início dos meses judaicos;; nas festividades que têm origem na Torá.
Normalmente a reza de mussaf é composta pelas três primeiras bençãos (que são comuns a todas as rezas), pelas três últimas bençãos (que também são comuns a todas as rezas) e, no meio, por uma benção que contém a descrição dos sacrifícios que eram feitos em Jerusalém na época bíblica, além da santificação específica do dia santo a que se refere.
Somente em Rosh hashaná são acrescentadas três bençãos no meio, em vez de uma só. Estas três benção são:
  • Malchuiot (reinado/coroação) - nesta parte se especifica o sacrifício diário, e se declara D'us como o Rei do Universo.
  • Zichronot (lembranças) - nesta parte se traz a tona as recordaçõs bíblicas positivas ao povo judeu, de forma que, por mérito destas, o julgamento seja favorável a cada pessoa e a todo o povo.
  • Shofarot (toque do shofar) - nesta parte citam-se passagens bíblicas referentes ao toque de shofar como fonte de arrependimento e como indicador da redenção do povo judeu, e também se santifica o dia de Rosh Hashaná com a palavra.
Ao final de cada uma destas partes, costuma-se tocar o shofar, como foi citado acima.

Comidas especiais

No jantar da véspera de Rosh Hashaná, costuma-se trazer à mesa comidas típicas como sinal para um ano novo bom e doce. Segundo a mística judaica da cabala, esses símbolos têm o poder de mudar o destino, mas, de acordo com linhas mais racionalistas, eles são símbolos que fazem nosso ponto de vista mudar com relação a fatos passados e futuros - a perpectiva que temos de um fato podem mudar o significado do que ele é ara nós.

Chalá Redonda (o pão redondo)

Maçã com mel

Romã

Tâmara

Peixe

Cabeça de carneiro (ou de peixe)

outros símbolos

Cada comunidade tem seus costumes com relação aos símbolos comidos nesta noite.

Saudações tradicionais

Shana Tová é a saudação tradicional do Rosh Hashanah e significa "Bom ano" (em hebraico: שנה טובה). Alternativamente, usa-se Shana Tovah Umetukah, que significa "Um ano bom e doce" (em hebraico: שנה טובה ומתוקה) e Ketiva ve-chatima tovah ("Que você seja inscrito e selado para um bom ano." (em hebraico: כתיבה וחתימה טובה)
Rosh Hashaná é também considerado o "dia do juízo" - quando Deus inscreve, em três livros, o destino dos justos, dos não tão justos e dos absolutamente ímpios, respectivamente. Os justos são imediatamente selados no livro da vida; aos não tão justos, são dados 10 dias para reparar e refletir sobre suas transgressões (até Yom Kippur); os ímpios, segundo o Talmud, "são riscados do livro da vida para sempre." Por essa razão, na primeira noite de Rosh Hashanah, após as preces vespertinas, é costume, entre os asquenazim e os hassidim, desejar L'shana tovah tikoteiv v'tichoteim (le'alter lechaim tovim u'leshalom), o que significa: "Que você seja (imediatamente) inscrito e selado (no livro da vida) para ter um bom ano (e uma vida boa e pacífica)" [6] Em muitos lugares, costuma-se dizer simplesmente a gut yoar ("um bom ano", em iídiche).[7]
Já entre os sefardim, a saudação formal é Tizku leshanim rabbot ("que você mereça muitos anos"), à qual se responde ne'imot ve-tovot ("bons e agradáveis").
 

Ano Novo judaico


Homens adultos devem fazer Circuncisão ?



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Salmo 137 1-6 - Cantado em hebraico


Paramentos judaicos - Kipá




O presente texto, pretende ilustrar de um modo geral, a significação e importância do uso do kipá para um judeu.

O significado da palavra kipá é "arco", que fica compreensível quando pensamos em seu formato.
A kipá é um lembrete constante da presença de D'us. Relembra o homem de que existe alguém acima dele, de que há Alguém Maior que o está acompanhando em todos os lugares e está sempre o protegendo, como o arco, e o guiando. Onde quer que vá, o judeu estará sempre acompanhado de D'us.
Nossos sábios afirmam que cobrir a cabeça também está associado à humildade, pois nos lembra que existe algo acima de nossa cabeça e de nosso intelecto  D'us.
A kipá deve estar sempre sobre a cabeça, lembrando que há alguém acima de nós observando todos nossos atos. Isso faz com que reflitamos mais sobre nosso comportamento e nossas ações.
O Talmud, no tratado de Shabat, traz a passagem, "Hicon licrat Elokecha Yisrael", "Prepare-te diante de seu D'us, Israel".
Baseado nesse versículo, nossos Sábios costumavam preparar-se no momento da prece demonstrando que estavam prestes a ter um encontro com o Rei dos Reis. O Talmud também ilustra este assunto trazendo a história de um menino que era cleptomaníaco. Porém pelo mérito de manter a cabeça sempre coberta e por ser muito zeloso seu mau instinto não conseguia se impor. Entretanto, quando, certa vez, o vento arrancou seu solidéu, imediatamente tornou-se vítima de sua cleptomania.
Isto pode ser aplicado em dois sentidos. Tanto numa situação em que o homem está prestes a fazer algo errado, a kipá está lá - mesmo que no fundo de sua consciência - lembrando que irá ter de prestar contas pelo seu ato. O mesmo ocorre numa situação em que a pessoa está em apuros: a kipá lhe relembra que Alguém está com ele, por mais perdido que se sinta.
• É costume judaico desde os primórdios um homem manter sua cabeça coberta o tempo todo, demonstrando com isso humildade perante D'us.
• É expressamente proibido entrar numa sinagoga, mencionar o nome Divino, recitar uma prece ou bênção, estudar Torá ou realizar qualquer ato religioso de cabeça descoberta.

retirado de : ptchabad.org, acesso em 16 de Outubro de 2012

Itzik Dadya - Música judaica


Regras alimentares judaicas

Alimentação Kasher


Kasher significa correto, justo, bom. Aplicado à comida, refere-se apropriada ao consumo, isto é, que preenche todos os requisitos da dieta judaica. É importante alertar-se ao fato de que a kashrut não é um estilo de culinária. Comida chinesa, francesa, italiana, indiana, árabe ou qualquer outra podem ser kasher desde que preparadas de acordo com as leis judaicas. A comida tradicional judaica, pode ou não ser kasher, dependendo como foi preparada.
A Kashrut se desenvolve baseada em duas regras básicas. A primeira delas especifica o tipo de carne que pode ou não ser consumida. A proibição é muito clara no capitulo 11 do Levítico: "Entre todos os animais da terra, os que podereis comer: aqueles que têm os cascos fendidos e que ruminam." Ou seja, incluem-se aí vaca, carneiro, bode e cervo. As aves permitidas são o frango, o peru, o ganso, o faisão e o pato. Já o Deuterônimo, no capítulo 14 explica que nenhum crustáceo é kasher: "Comereis de tudo que há nas águas: tudo que tem barbatanas e escamas comereis; e tudo o que não tem barbatanas e escamas não comereis; é impuro para vós."
A outra grande regra consiste em não misturar carne com leite e derivados, seja na preparação, armazenamento ou consumo. A origem bíblica desta norma é encontrada no livro Êxodos, capítulo 19 que diz: "Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe." Foi a partir desta regra que se classificou a comida kasher em 3 categorias: carne, leite e parve.

Carne Kasher

A carne kasher é singular em todos os aspectos, desde o tipo de animais que são permitidos até a maneira como são abatidos e preparados para o consumo. Os alimentos à base de carne são cozidos, manuseados e ingeridos separadamente dos alimentos à base de laticínios. Além disso, é exigido um período de espera de seis horas após comer todos os tipos de carnes e aves antes que qualquer laticínio possa ser ingerido. A categoria "carne" inclui a própria carne, as aves e os subprodutos, tais como ossos, sopas e molhos. Qualquer alimento feito de carne ou aves ou de produtos de carne e aves, é considerado como sendo de carne (fleishig ou Bassarí). Até mesmo uma pequena quantidade de carne em um alimento torna-o Bassarí.
Existe um ritual para o abate dos animais; baseado no fato de que o sangue não deve ser consumido porque simboliza a própria essência e característica do ser humano, os rabinos concluíram que um animal que é morto para virar alimento deve ter seu sangue totalmente drenado. Para evitar que a proibição de comer sangue seja violada, é preciso que o sangue da carne seja extraído por um destes dois métodos. Primeiro: "deixar de molho e salgar" (chamado de kasherizar). Segundo: assar sobre ou sob uma chama ou num forno elétrico ou assadeira elétrica. Assim, todo o sangue é extraído.

Leite

Todos os alimentos que contém leite, ou que são dele derivados, são considerados Chalavi ou milchig. Isto inclui leite, manteiga, iogurte, quefir, coalhada e todos os queijos (variáveis segundo sua consistência) - duros, macios e cremosos. Mesmo uma pequena quantidade de laticínio em um alimento faz com que este alimento seja considerado Chalavi. Todos os derivados de leite requerem um certificado de Kashrut. Os alimentos de leite e de carne não devem ser preparados, servidos ou consumidos ao mesmo tempo. Utensílios separados são usados exclusivamente para laticínios. Recomenda-se um forno separado para assar ou tostar alimentos de leite.

Parve

As frutas, vegetais, cereais e todos os outros alimentos que constituem uma dieta e que crescem na terra, são parve e podem ser utilizados sem restrição. Os peixes também estão inclusos. "Podereis comer de tudo o que vive nas águas, seja nos mares ou nos rios, desde que tenha nadadeiras e escamas" (Vayicra' XI:9). Os ovos também podem ser utilizados tanto com carne como com leite. Entretanto, qualquer gema de ovo que contenha uma gota de sangue não pode ser usada.

Vinhos

O vinho e o suco de uva, mais do que qualquer outra bebida, representam a santidade do povo judeu. São usados para a santificação do Shabat e Festas Judaicas. Qualquer subproduto que contenha vinho ou suco de uva, como vinagre de vinho, bala, geléia ou refrigerante de uva, conhaque e outras bebidas que possam ser destiladas ou misturadas com vinho, só poderão ser ingeridos quando possuírem supervisão rabínica confiável. Vinho feito por um judeu, que após seu preparo tenha sido fervido, não apresenta mais problemas de kashrut. Um suco de uva ou vinho de passas cujas uvas ou passas foram cozidas antes de extrair o suco é considerado vinho cozido.

Produtos industrializados

Seguem a mesma regra básica: é imprescindível terem uma Supervisão Rabínica. Todos os alimentos processados requerem supervisão rabínica confiável que atestem que podem ser consumidos em acordo a lei judaica. Isto aplica-se a todo produto que passa por processo de fabricação: legumes congelados, bebidas, balas, biscoitos, etc.

Restaurantes, hotéis e afins

Todo restaurante, hotel, etc, para ser kasher necessita de supervisão rabínica em sua cozinha, o que inclui a presença de pessoas shomrei Shabat, observantes do Shabat, que irão acender o fogo, orientar e fiscalizar a confecção de todos os ingredientes e sua preparação, até o consumo final.

Kashrut e a Saúde

A discussão em torno da validade racional das leis dietéticas também chegou ao âmbito da ciência médica. Algumas eminentes autoridades recomendam a kashrut por motivos higiênicos. Inúmeros técnicos sanitaristas consideram, hoje em dia, altamente meritória a exigência severa feita ao indivíduo responsável pelo abate de que examine a carcaça de todo animal que houver matado, a fim de verificar se há qualquer sinal de doença outra condição patológica. Consideram também importante o fato de que a carne deve ser consumida até poucos dias após o abate, evitando-se assim, os prejuízos à saúde que podem advir da carne estragada.

Kashrut e Higiene

A lavagem das mãos seguida de oração é um item obrigatório antes de preparar, cozinhar ou comer qualquer alimento. Escolher bem folhas de verduras, higienizar adequadamente as frutas, e averiguar a existência de qualquer tipo de larva ou verme tem sido tema de cursos e orientações a respeitadores das leis da kashrut. Estas normas, que há muitos anos são discutidas por sábios judeus, têm garantido com sucesso, a higiene e qualidade dos alimentos judaicos. Para melhor compreender a origem dessas regras leia o capítulo 11 de Levítico.

Retirado de : webjudaica.com.br

Canção israelita na voz de Meydad Tasa

Lágrimas
Meu Pai do Céu, eu te amo pra sempre
Em fogo e em água, não há ninguém para confiar
No sangue, lágrimas e suor, eu vou lutar por Você
Enquanto eu respirar, vou dedicar minha vida a Você
Pai, pare as lágrimas
Pai, eu não posso chorar mais
Pai, quem Te ama mais
Pai, eu nunca vou desistir de Você
Minha alma sobe, todas as noites para o Céu
Minha alma chora à noite, em busca de misericórdia
Imploro em oração, só para Você D-us
Dê-nos o poder de ficar com Você para sempre
Pai, pare as lágrimas
Pai, eu não posso chorar mais
Pai, quem Te ama mais
Pai, eu nunca vou desistir de Você
A oração de um menino que nunca te deixa
Pai de Misericórdia, nos dê Vida
Tende piedade de nós, como um pai tem piedade sobre seus filhos
Pai, tende piedade! Oramos para Você
Choramos lágrimas, nossos olhos ficam vermelhos
Só Você sabe, só Você ouve, D-us
Pai, pare as lágrimas
Pai, eu não posso chorar mais
Pai, quem Te ama mais
Pai, eu nunca vou desistir de Você

POR QUE CELEBRAR O SHABAT ?

Somos ordenados a lembrar do Shabat; mas lembrar significa muito mais que meramente não esquecer de guardar o Shabat. Significa também lembrar do significado do Shabat, tanto como uma celebração da Criação como para comemorar a nossa libertação da escravidão no Egito. Em Shemot 20:11, depois que o quarto Mandamento foi instituído pela primeira vez, D’us explica: "Durante seis dias o Eterno criou os céus e a terra, e mar e tudo que existe neles, e no sétimo dia, descansou: portanto, o Eterno abençoou o dia do Shabat e o santificou." Ao descansar no sétimo dia e santificá-lo, lembramos e reconhecemos que D’us é o Criador do céu e da terra e de todos os seres vivos. Nós também imitamos o exemplo Divino, abstendo-nos de trabalho no sétimo dia, como D’us fez. Se a obra de D’us pode ser deixada de lado para um dia de descanso, como podemos acreditar que nosso próprio trabalho é importante demais para ser deixado temporariamente de lado?

Retirado de : culturahebraica.blogspot.com

Etnias Judaicas

Em virtude da diaspora (disperção dos judeus pelo mundo), estes se espalharam vindo a viver emdiversas nações diferentes. A partir disso, as diferentes cominidades judaicas mundiais passaram a ser classificadas ou mencionadas por diferentes nomeiclaturas, não raras vezes relacionadas  a região em que se estabeleciam.
Conheça agora um pouco sobre a nomeiclatura étnica e respectivas regiões.

Etnias judaicas é o conjunto de ramificações da comunidade judaica, considerando-se a cultura e os países onde foram radicados. Devido aos fatores de tempo, local, idioma vernacular, miscigenação e interpretação religiosa e filosófica, geralmente cada comunidade possui tradições diferenciadas de um grupo para outro.

Principais etnias judaicas:

• Asquenazi - Judeu da Europa Central e Oriental

o Judeus da Alsácia
o Yekke - Judeus Alemães
o Litvik - Judeus da Lituânia
o Galitzer - Judeus da Galícia (sul da Polônia e Oeste da Ucrânia - não confundir com Galiza)
o Judeus Russos
o Krimpchak - Judeus tátaros da Criméia

• Shuatita - Judeu Provençal
• Zapharnita - Judeu Francês
• Italkim - Judeu Italiano

o Judeu de San Nicandro Manduzio

• Sefaradi- Judeu Ibérico
o Judeus da Nação Portuguesa (Sefardi Ocidental)
o Judeus Marroquinos - Anusim
o Hebraicos da Amazônia
o Judeu Sefardi Italianos
o Chueta - Ilhas Baleares
o Judeu-Espanhol (Sefardi Oriental)
o Marrano
• Romaniote - Judeu Grego

• Judeus Mizrahi
o Judeus Curdos
o Judeus Iemenitas
o Judeus Líbaneses
o Judeus Sírios
o Judeus Palestinos
o Parsim
o Judeus Baghdadi
o Judeus Cirenaicos (Líbia)
o Judeus Egípicios
o Judeus de Djerba (Tunísia)

• Judeus Indianos
o Bene Ephraim
o Bene Israel
o Bnei Menashe
o Knanya

• Judeus Africanos
o Beta Israel ou Falashas
o Qemant - Etiópia
o Lemba - Moçambique e Malawi
o Abayudaya - Uganda
o Sefwi - Ghana
o Bnai Efraim - Nigéria
o Judeus de Timbuktu - Mali

• Judeus Bukharan
• Judeus Chineses
• Sabra (Judeus nascidos em Israel)


• Judeus Ameríndios
o Judíos índios de Venta Prieta - México
o Judeus Incas - Peru e Equator


Fonte:culturahebraica.blogspot.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Paramentos judaicos - Talit








O talit – טַלִּית (no hebraico moderno), talet - טַלֵּית (em sefaradi) ou talis (em Iídiche) é um acessório religioso judaico em forma de um xale feito de seda, lã (mais caro e elegante que o de seda) ou linho, tendo em suas extremidades as tsitsiot ou sissiot "sefaradi" (franjas). Ele é usado como uma cobertura na hora das preces judaicas, principalmente no momento da oração de Shacharit (primeiras orações feitas pela manhã).
O talit (também conhecido como "talit gadol" - טלית גדול) é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e no momento da oração do Shacharit. O talit isola o que esta orando do mundo a sua volta e facilita-o na em sua concentração durante a oração. Sobre o talit se interpreta que um dos objetivos deste acessório é criar um ambiente de igualdade entre os que estão orando na sinagoga, tendo então concordância com uma cobertura homogênea que estaria sobre as roupas que as pessoas realmente estavam usando – que mostram a qualidade e o estado econômico do que ora.
Entre os asquenazitas, o costume de se cobrir com o talit se reserva aos homens apenas após o casamento. De acordo com este costume, quando se está solteiro, é permitido cobrir-se com talit só em ocasiões especiais, como no momento que eles são chamados para serem “Olim” - עולים (plural de “Olê” - עולה, denominação aos que são chamados para ler a Torá nas sinagogas). Os judeus orientais (também chamados de “mizrahiim”) têm o costume de se cobrir com o talit a partir da idade de treze anos, quando o menino faz o Bar Mitzvah ou até mesmo antes dessa cerimônia. Comunidades Conservadoras e Reformistas permitem também é às mulheres fazerem uso do talit apesar da lei Judaica tradicional isentarem as mulheres dessa obrigação.

Detalhe - tzitzit ou sissit "sefaradi" (franjas) num dos cantos de um talit.
Há também um outro tipo de talit denominado “talit katan” – טלית קטן – (talit pequeno) conhecido também só pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, a fim de cumprir este mandamento durando todo o dia.
A bandeira do Estado de Israel é baseada em um talit (as duas faixas que a compõem), tendo uma estrela de David ao centro dela.

Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Paramentos judaicos - Tefilin






"E as atarás como sinal na tua mão e serão por filactérios entre teus olhos".
( Deut.VI:8)




O que é?

O termo Tefilin é reminescente da palavra Tefilá (prece).
Consiste em duas pequenas caixas quadradas de couro de um animal casher, permitido para consumo. Devem formar um quadrado perfeito e as tiras de couro devem ser pintadas de preto, sem qualquer falha. Dentro de cada caixa encontram-se escritos em pergaminho (que também é feito de um animal casher), quatro parágrafos da Torá.
A Torá apenas nos diz que devemos "amarrá-los sobre a mão e devem ser como lembrança entre os olhos". Os detalhes de como devem ser escritos, preparados, encaixados foram transmitidos através da Tradição Oral, a partir de Moisés (Moshé) que recebeu todos os detalhes do procedimento diretamente de D-us, até que foram anotados pelos sábios na Mishná, no Talmud e no Shulchan Aruch, para que não fossem perdidos.
As caixinhas são chamadas de "de-cabeça" (shel rosh) e "de-mão" (shel yad).
A caixinha "de-mão" é colocada sobre o braço esquerdo de maneira a ficar encostada junto ao coração, sede das emoções, com a correia de couro suspensa sendo enrolada na mão esquerda, bem como no dedo médio. Tem uma única divisão com as passagens da Torá em um só pergaminho.
A "de-cabeça" é colocada acima da testa, de maneira a pousar sobre o cérebro. Contém quatro divisões com pergaminhos sobre os quais estão escritas quatro passagens da Torá.
A Torá descreve Tefilin como um sinal de envolvimento do indivíduo expressando seus sentimentos básicos de identificação e valores judaicos.
Os Tefilin são colocados no braço, junto ao coração e sobre a cabeça a partir do momento em que o menino completa 13 anos, seu bar-mitsvá. Isto significa a ligação dos poderes emocionais e intelectuais a serviço de D-us.
As tiras, estendendo-se do braço para a mão e da cabeça às pernas significam a transmissão da energia intelectual e emocional para as mãos e os pés, simbolizando sentimento e ação.
Conteúdo
Os quatro parágrafos da Torá que se encontram dentro dos Tefilin são:
Shemá Israel - Proclama a Unidade Divina, base fundamental da fé judaica: descreve a ordem Divina de colocar os Tefilin sobre a mão e a cabeça.
Vehayá Im Shamoa - Expressa a promessa de D-us, da compensação que nos advirá da observância dos preceitos da Torá e o aviso da retribuição pela desobediência aos mesmos
Cadêsh Li - O dever de Israel de sempre relembrar a redenção da escravidão no Egito.
Vehayá Ki Yeviachá - Recorda o dever de cada pai judeu de ensinar a seus filhos todos estes temas.

Por que as mulheres não são obrigadas a usar Tefilin?
Conforme a Lei Talmúdica, as mulheres estão "isentas" de cumprir rituais que devem ocorrer a horas determinadas do dia. Como os Tefilin são colocados durante o serviço religioso da manhã, as mulheres estão liberadas desta obrigação. O motivo mais provável para a isenção dada às mulheres é que se considera inadequado usar um objeto sagrado como os Tefilin estando em estado de impureza. E as mulheres são periodicamente consideradas impuras (porque perdem vida) em virtude do ciclo menstrual.

Outros significados
O livro Zôhar diz que atando os Tefilin, "se amarra o instinto maligno" da pessoa. Daí a sua colocação no lado esquerdo, lado mais fraco ou lado direito para os canhotos. Assim o braço não está mais livre para mover-se contra a vontade de D-us. As correias atadas envolvendo o braço com os conceitos enunciados nos Tefilin, são para lograr que o ser humano alcance o nível predisposto de "Amarás a D-us com todo teu coração, com toda tua alma e com toda a tua força", conforme o Shemá Israel, presente nos Tefilin.

As sete voltas
A cabeça deve comandar o coração. O coração é considerado o centro das emoções, que são divididas em sete tipos, dentre as quais amor, temor e piedade.

As três voltas no dedo médio
Um dos simbolismos dos Tefilin é a devoção e afeição entre D-us e Israel, que são citados como noivos. Assim as voltas em torno do dedo simbolizam uma aliança, e uma tríplice referência ao noivado de D-us com Israel.

As duas tiras que caem
Significam a influência da cabeça sobre o resto do corpo, em seus lados direito e esquerdo. Tudo isto indica que assim como fisicamente o cérebro é o centro nervoso mais vital e que controla o corpo todo, também espiritualmente o intelecto serve para guiar toda a vida do judeu; o corpo, com todos seus membros e órgãos deve estar a serviço dos mandamentos Divinos diariamente.
O Tefilin "de-mão" deve ser colocado antes do "de-cabeça". Isto representa o princípio judaico de que a prática deve vir antes da teoria. Devemos antes obedecer os mandamentos Divinos, sem questioná-los e só então entender e se aprofundar em seu significado. A ação deve estar acima da razão elevando o indivíduo a um grande nível espiritual, mesmo sem sua total compreensão e apenas com seu simples consentimento em querer cumprir um mandamento Divino.
No Tefilin da cabeça estão gravadas duas letras Shin (do alfabeto hebraico), sendo que uma tem três pontas e a outra tem quatro pontas. O valor numérico da letra Shin é 300; a soma das duas totaliza 600, sendo que as duas letras juntas formam a palavra Shesh (que significa seis), o que soma 606. Se adicionarmos o número de pontas das duas letras, que é sete, chegaremos ao total de 613 que é o número correspondente aos preceitos da Torá.
O Tefilin "de-cabeça" vem lembrar ao homem de submeter os seus olhos e seus ouvidos a D-us. O Tefilin "de-mão" vem subordinar apenas um órgão, o coração, fazendo com que as emoções e sentimentos sejam dirigidos a D-us.
O Tefilin "de-mão" tem um só compartimento equivalente ao sentido do tato, enquanto o "de-cabeça" possui quatro compartimentos, equivalentes aos quatro sentidos encontrados na cabeça: visão, audição, paladar e olfato. Assim, a pessoa desperta todos os seus sentidos para o serviço Divino.
Quando o homem coloca Tefilin de manhã, quatro anjos cumprimentam-no ao sair pela porta.
Como o assunto é vasto, recomendamos a leitura no site www.visaojudaica.com.br e no botão Comunidade judaica e clicar nos links Beit Chabad, Mitzvót e Tefilin.




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Salmo 23 cantado em hebraico


Os nomes de Deus

Lista de títulos e nomes de Deus (Judaico-Cristãos)

Jah ou Yah (hebraico יָהּ)-é uma forma poética abreviada do Tetragrama YHWH (יהוה), o nome atribuído a Deus
Aará - Meu Pastor
Adon Hakavod - Rei da Glória
Adonay (חשם) - Senhor
Attiq Yômin - Antigo de Dias
Divino Pai Eterno - uma concepção a Deus Pai El (אל) - Deus "Aquele que vai adiante ou começa as coisas"
El-Berit - Deus que faz pacto ou aliança
El Caná - O Deus Zeloso
El Deot - O Deus das Sabedorias
El Elah - Todo Poderoso
El Elhôhê Israel- Deus de Israel
El-Elyon (עליון אל)- Deus que faz pacto ou aliança
El-Ne'eman - Deus de graça e misericórdia
El-Nosse - Deus de compaixão
El-Olan (םאל על)- Deus eterno, da eternidade
El-Qana - Deus zeloso
El Raí - O Deus que tudo vê
El-Ro'i - Deus que vê (da vista)
El-Sale'i - Deus é minha rocha, o meu refúgio
El-Shadday (שרי על)- Deus Todo-Poderoso
Eliom - Altíssimo
Elohim – (plural) (אלחים)- Deus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"
Eloah – (singular) (ה׀לא)- Deus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"
Gibbor - Poderoso
Há'Shem – (השם)- O Nome - Senhor - o mesmo que YHVH
Jehoshua - Javé (ou Jeová) é a Salvação
Jeová Jire - também conhecido como Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
Kadosh - Santo
Kadosh Israel - Santo de Israel
Malah Brit - O Anjo da Aliança
Maor - Criador da Luz
Margen - Protetor
Mikadiskim - Que nos santifica
Palet - Libertador
Rofecha - Que te sara
Salvaon - Senhor Todo-Poderoso
Shadday (שרי) - Todo Poderoso
Shaphatar - Juiz
Yahweh - Javé
Yaveh (Ha'Shem) El Elion Norah - O Senhor Deus Altíssimo é Tremendo
Yaveh (Ha'Shem) Tiçavaot - Senhor das Hostes Celestiais
Yeshua - Jesus o Nome sobre todo o Nome
YHWH – (יהוה) - Tetragrama; Um nome difícil, quase impronunciável, de Deus; quase sempre traduzido por Senhor.
Yehoshua - (Jesus)é o Salvador
Javé - (Ha'Shem) é a Salvação
YHWH (Ha'Shem) Eloheka - O Senhor teu Deus
YHWH (Ha'Shem) Elohim(יהוה אלהים) - Senhor (criador) de todas as coisas
YHWH (Ha'Shem) Hosseu - O Senhor que nos criou
YHWH (Ha'Shem) Jaser - O Senhor é Reto
YHWH (Ha'Shem) Jireh – (יהוה ידח) - O Senhor proverá – Deus proverá
YHWH (Ha'Shem) Nissi – (יהוה נסי) - O Senhor é a Minha Bandeira
YHWH (Ha'Shem) Raah – (יהוה דעה) - O Senhor é o Meu Pastor
YHWH (Ha'Shem) Rafa – (יהוה דפה) - O Senhor que te sara
YHWH (Ha'Shem) Sabaoth – (Sebhãôh) (יהוה צכאח) - Senhor dos Exércitos
YHWH (Ha'Shem) Shalom – (יהוה שלום) - O Senhor é Paz
YHWH (Ha'Shem) Shammah – (יהוה שמה) - O Senhor está presente; O Senhor está ali
YHWH (Ha'Shem) Tsidikenu – (יהוה צדקנו) - Senhor Justiça nossa; O Senhor é a nossa Justiça
Yochanan (Yehochanan)- João - no sentido de Deus se compadeceu, Deus teve misericórdia

Os treze princípios da fé judaica

1 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o Criador e Guia de todas as criaturas, e apenas Ele, criou, cria e criará todas as coisas.
2 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é Único e que não há nenhuma unicidade como Ele; que somente Ele é nosso Deus, era, é e será.
3 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, não é corpóreo, não tem nenhuma propriedade antropomórfica, e não há absolutamente nada parecido com Ele.
4 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é primeiro e último.
5 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o único a Quem é apropriado rezarmos, e que não é apropriado rezar a mais ninguém.
6 — Eu acredito com plena fé que todas as palavras dos profetas são verdadeiras.
7 — Eu acredito com plena fé que a profecia de Moshé (Moisés), nosso mestre, que esteja em paz, foi verdadeira, que ele foi o pai de todos os profetas, daqueles que o precederam como daqueles que o seguiram.
8 — Eu acredito com plena fé que toda a Torá que está em nossas mãos foi dada a Moisés, nosso mestre, que esteja em paz.
9 — Eu acredito com plena fé que esta Torá não será modificada nem haverá outra Torá dada pelo Criador, abençoado seja o Seu nome.
10 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, conhece todas as ações e todos os pensamentos dos seres humanos, como está escrito: “É Ele quem forma os corações de todos, Quem percebe todas as suas ações” (Salmos 33:15).
11 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, recompensa aqueles que guardam Seus mandamentos, e pune aqueles que os transgridem.
12 — Eu acredito com plena fé na vinda de Mashiach (Messias), e ainda que possa tardar, mesmo assim espero a cada dia pela sua vinda.
13 — Eu acredito com plena fé que haverá a ressurreição dos mortos no momento que assim o desejar nosso Criador, abençoado seja o Seu nome, exaltada seja a Sua lembrança para todo o sempre.
Retirado de:conhecerojudaismo.blogspot.com.br, acesso em 09 de outubro de 2012